segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A dieta da minha nutricionista e suas dicas valiosíssimas!

Minha atitude mais inteligente deste ano foi ter decidido procurar uma nutricionista. Eu já tinha procurado uma nutricionista antes, mas era uma nutricionista de uma dessas lojas de produtos de dieta, ou seja, eles te passam uma dieta até legal e que pode funcionar se você seguir tudo muito direitinho, mas te condiciona aos produtos só daquela loja, Dessa vez, fui numa nutricionista que trabalha para uma farmácia aqui perto de casa, e ao contrário do que supus na primeira consulta, ela não me passou um único medicamento para comprar naquela farmácia, aliás, ela até hoje não me sugeriu nenhum medicamento - apenas me aconselhou quanto a coisas que eu já tomava antes de conhecê-la, tipo o Crômio -, pelo contrário, toda a dieta é focada na (boa) alimentação, e nisto ela não opina nem nas marcas, apenas diz o que cada alimento tem que ter . 

Antes de prosseguir, é necessário dizer que as dicas que vou dar abaixo sobre as minhas experiências com a minha nutricionista, dizem respeito a coisas que foram feitas especificamente para mim. O que aprendi muito nesses últimos tempos é que não adianta você ficar seguindo aquilo que a sua amiga faz achando que se com ela teve sucesso contigo vai ter também, porque o organismo dela pode ser completamente diferente do seu, sacou? Ou seja, aconselho vivamente que cada um procure uma nutricionista, para ter um plano especialmente feito para si, para o seu tipo de caso e em função dos seus próprios objetivos, e os relatos abaixo espero que possam servir apenas como estímulo e não como regra geral, valeu?

Se já fizer atividade física regular, será mais fácil ser ajudada pela nutricionista


Quando procurei a nutricionista, eu tinha uma vantagem: fazia muita atividade física. Não só já fazia atividade física, como também não tinha começado a fazer atividade física recentemente, já tinha três anos que eu malhava. Era verdade que apenas nos últimos meses que fazia mais atividade física e com mais afinco, mas já tinha atividade física mais ou menos regular desde antes, desde há mais de 3 anos atrás, quando parei de fumar. E segundo a minha nutricionista, isto era bom porque boa parte da minha massa muscular já estaria formada, o que quer dizer que eu não sofreria oscilações de peso consequentes apenas do aumento ou diminuição de massa magra, o que acontece com quem não tem atividade física regular.

Como controlar a quantidade de comida que come


Mas eu tinha problemas graves com a alimentação. Para começar, malhar me dava uma fome de leão; acabava de malhar e vinha para casa faminta, sendo capaz de comer um prato gigantesco. Nunca fui de comer muito, quer dizer, não é que eu não quisesse, sempre me controlei bastante, mas não é regular eu me descontrolar com frequência, até porque venho de uma família com muitas pessoas acima do peso, aliás, pessoas que cozinham muito bem, ô triste isso. Ou seja, apesar de malhar ser a coisa certa, a coisa certa me dava mais fome, mais fome do que se eu não malhasse, e é claro que, muitas vezes, pensei em deixar de malhar por causa disso, só não deixei porque eu sabia que malhar ainda era a coisa certa, apesar dos (óbvios) maus resultados. Quanto a isto, para controlar a quantidade de comida ingerida, a dica da minha nutricionista foi bem simples: comer várias vezes ao dia. Assim evita que, numa hora só, haja vontade de comer mais comida.

Como controlar a ansiedade e os apetites vorazes por doces


Mas meu problema maior nunca foi a quantidade de comida. O meu problema maior sempre foram os doces e a ansiedade pelos doces. Consigo resistir a pizzas, feijoadas, frituras... só não consigo (só não conseguia) era resistir aos doces, isso foi desde sempre, mas ainda mais forte quando parei de fumar. E o problema dos doces era que, apesar de eu até conseguir resistir por um bom tempo - tipo umas 3 semanas no mês -, depois vinha uma quarta semana de maior ansiedade, e nessa quarta semana sim, inteirinnnnnnha, eu comia doces todos os dias. Era uma coisa tipo até enjoar mesmo, até controlar a ansiedade. Por exemplo, se num dia eu tinha vontade de comer goiabada com queijo - claro, eu só tinha desejos por coisas beeeeeeeemmmm calóricas -, era certo que todos os dias eu ia ter vontade de comer goiabada com queijo, eram pelo menos uns 5 dias assim, comendo goiabada com queijo direto. Muito regularmente também tinha desejos por balas, era capaz de chupar sacos inteiros de balas, sem ver, uma após a outra. 

Eu já tomava o Crômio quando procurei a minha nutricionista, porque tinha ouvido falar que ele reduzia os apetites por doces. O que eu acho? Bem, pode funcionar com os outros, comigo não, porque eu já sofri de crises de desejos por doces mesmo tomando o Crômio, e falei sobre isto com a minha nutricionista. Mas ela achou melhor não tirá-lo, afinal era uma coisa que eu já tomava, entretanto aumentou a dose, dois comprimidos por dia ao invés de um só. Se resolveu? Bem, eu ainda preciso de um controle fortíssimo quando passo por doces. Eu ainda tenho vontade de tomar sorvete, comer torta de biscoito, brigadeiro, goiabada, bananada, balas, tudo isto. Não sinto que o remédio esteja ajudando mais que a minha força de vontade, mas é fato que tem 3 meses que não tenho tido fortes e irresistíveis impulsos por doces.Vontade sim, fortes e irresistíveis impulsos, ao ponto de ceder à tentação, não, felizmente.

Além do mais, outra coisa que ela fez foi liberar a gelatina depois do jantar, mas só naquele dia em que tiver mesmo uma vontade louca de comer um doce, disse ela. A gelatina é obviamente a light, que tem 30 calorias, e não aquela normal que tem 67 calorias, se não me engano. Ah, ela falou pra comprar e fazer em casa, que não era pra comprar aquela pronta não, nem aquela pronta que vem escrito que é light. Tá bom.

E além disso há outras coisas doces na minha dieta - não tão doces, né? - tipo as frutas e o iogurte magro. Ela não fez restrições em relação às frutas, eu que me controlo um bocadinho porque sei que, se deixar, eu como banana todos os dias, justamente por ser uma fruta mais doce (além de ser uma das minhas favoritas e de me dar aquela sensação de estar saciada, ou quase). Justamente porque me conheço muito bem e sei que de repente vicio numa coisa e quero comê-la todos os dias, o que faço é variar sempre as frutas - exceto o kiwi à manhã, mas disso falo depois -, ou por vezes até misturá-las, tipo meia banana com morangos num dia, abacaxi com melão no outro, etc. Sobre o iogurte magro, ela me aconselhou que fosse um com 0% de gorduras e 0% de açúcares adicionados. Inicialmente, no primeiro mês da dieta, ela tinha indicado um iogurte aroma, mas que era tão ruim, mas tão ruim, que o que acontecia era que eu acabava por pular essa refeição (eu sei, é errado, mas era quase que instintivo também, rs). Hoje tomo um iogurte que tem um pouco mais de calorias que o de aromas, mas continua sendo um iogurte magro 0% de gordura e 0% de açúcares adicionados, e já não pulo mais esta refeição :)

Outra coisa que me ajudava muito a controlar o apetite por doces era tomar chás. Naquela hora que vinha aquela voz gritando "preciso de um doce, preciso de um doce, preciso de um doce", eu ia para a cozinha e fazia um chá, tipo chá verde por exemplo. Claro que não era o mesmo prazer, mas enquanto eu estava comendo aquele chá super ruim, pelo menos mantinha o paladar ocupado, rs. Hoje, digo, recentemente, já não faço isso porque estou tomando termogênico, e ela me aconselhou a não misturar com chás por causa da alta dose de cafeína.

E por falar em cafés. Apesar de eu não tomar café, na minha segunda consulta com a minha nutricionista eu perguntei pra ela sobre isso, se não podia tomar café, dado que eu reparei que na dieta que ela me passou, era leite puro mas nunca café ou chá, e eu, maior caxias, tomava o leite purinho sem nada. Ela disse que podia tomar café sim, quantos quisesse, só tinha era que ter cuidado com o açúcar, que de preferência devia era tomar sem açúcar mesmo, ou muito muito muito pouquinho.

Aí aproveitei para falar do adoçante. Ela diz que, ao contrário do que as pessoas pensam, o açúcar é melhor que o adoçante, porque tipo, pelo que atendi o açúcar processa melhor no nosso organismo, é mais fácil de eliminar, enquanto que o adoçante demora um pouquinho mais. Bem, acho que é isso, pelo menos foi o que eu entendi. Só que eu me conheço. Eu sei que, ainda mais numa dieta em que há uma restrição de açúcar, a minha tendência vai ser sempre colocar um bocadinho de açúcar a mais, para suprir a sensação de prazer que o cigarro me dava. Com adoçante eu já não faço isso, porque sabe como é, se você colocar uma gotinha a mais de adoçante, o negócio não dá nem pra tomar. Então o que eu faço também é variar: tem dia que eu uso adoçante, tem dia que eu uso açúcar, mas acabo por preferir com mais frequência o adoçante.

Os remédios para emagrecer que já tomei e que já não funcionam

Faz muito tempo que vivo sozinha, então não lembro muito bem dos hábitos das pessoas normais, rs. Quando me casei, e percebi que meu (ex)marido ia ao banheiro todos os dias de manhã, eu, que só ia no máximo uma vez por semana, logo suspeitei que ele tinha algum problema, rs, rs, e mal sabia que o problema era meu. 

Quando percebi que tinha este problema, eu, que nunca fui santa nem nada, comecei a tomar alguns remédios (nota: não estou recomendando, nenhum médico recomenda fazer loucuras dessas, só estou sendo sincera sobre as coisas que já fiz). O melhor remédio que já tomei para emagrecer foi o Xenical, apesar de custar por volta de 100 euros e de precisar de receita médica (que cá entre nós, era uma coisa que arranjava-se com alguma conversa). Para começar as fezes ficavam líquidas, e o Xenical era tão bom que fazia uma pessoa sair correndo para o banheiro, e claro, eu adorava, sinal que estava funcionando. Só que... depois de ter usado Xenical tantas vezes, meu organismo viciou nele. Aliás, meu organismo vicia fácil em tudo, é uma tristeza. Ou seja, hoje nem adianta gastar 100 euros com isto, é jogar dinheiro fora, não funciona. Amiga minha (a Aure) toma o Alli, funciona super bem com ela, comigo nunca nem fez cócegas, era como se fosse uma versão muito mais fraca do Xenical, mas, se nem o Xenical estava mais  fazendo efeitos em mim, muito menos então o Alli. Já tomei o XL-S (razoavelzinho, não faz milagres, mas ajuda), já tomei muitos outros, mas agora, no momento, remédio pra emagrecer não tomo nenhum, só o Crômio para controlar o apetite por doces mesmo, e o termogênico para dar mais energia para malhar, fora isto, só dieta e muito exercício. 

Como regular o intestino e acelerar o metabolismo


No final do ano passado ou início deste ano, não lembro bem, o meu novo queridinho era o Dulcolax. O melhor de tudo: ele funcionava. Dava uma dor filha da mãe de madrugada, sério, é uma dor que mistura dor de barriga e cólica, a dor é horrível mesmo, principalmente na primeira semana, mal se consegue dormir, de tanta dor, mas de manhã uma pessoa acorda e vai ao banheiro, certinho como 2 mais 2 são quatro. O problema: me disseram na farmácia que ele causa viciação, que depois só conseguiria ir ao banheiro com ele, que não podia ser usado regularmente. Óhhhh.

Aí me recomendaram o Frutos & Fibras, que é natural e funciona também. Não funciona tão maravilhosamente bem como funcionava o Dulcolax, mas funciona sim, e sem as incômodas e terríveis dores. Agora não lembro o preço dele, mas acho que era mais de 15 e menos de 20 euros. Apesar de ter passado uns bons meses tomando o Frutos & Fibras, nem sempre tomo agora, principalmente porque por vezes esqueço de comprar mesmo. Como minha nutricionista adicionou coisas na minha dieta para ajudar também a regular o intestino, não vejo necessidade de ficar sempre dependente do remédio, aliás, a idéia dela é esta, eu não depender só do remédio para ir ao banheiro.

Uma das coisas que ela adicionou na minha dieta para regular o meu intestino foi o o kiwi, logo à manhã, antes do pão integral com queijo e do leite. Tomo um copo d'água e, logo de seguida, um kiwi. Me disseram que ameixa também faz bem, mas ameixa eu só como de vez em quando.

Semente de linhaça é uma coisa que agora faz parte da minha lista de compras. Antes eu nem conhecia. Ela manda eu adicionar no iogurte, mas conheço gente que coloca até no arroz.

Como muitos alimentos integrais. O pão, de manhã, é integral, mas ela deixou bem claro que não era obrigatório que fosse integral, apenas era melhor que fosse. É que eu não comia pão antes, havia muito tempo que eu não comia pão, só voltei a comer pão quando comecei a dieta. Como torradas integrais, mais à noite, com queijo. O arroz ela não me disse que tinha que ser integral, mas de vez em quando eu faço arroz integral também. 

Para acelerar o metabolismo, a dica foi a mesma do primeiro dia de consulta: comer mais vezes, tipo no máximo de 3 em 3 horas, assim vou estar obrigando o meu organismo a funcionar mais rápido.

Como emagrecer... comendo!


A minha nutricionista diz que, ao contrário do que ela tem que dizer para a maior parte dos pacientes dela (Fecha a boca!!!!), para mim ela tem que me mandar comer, comer mais vezes ao longo do dia! Dos erros que cometi (claro que cometi!) ao longo da dieta, os mais frequentes não foram os alimentos que não devia comer (tipo o sorvete que tomei num dia de muitooooo calor na rua), mais frequente mesmo foi eu pular refeições, ou seja, tive que aprender a me organizar para conseguir mudar a minha rotina alimentar. Tenho que me lembrar disto frequentemente: quantas mais vezes comer, menos fome vou ter, menos vontade vou ter de comer besteiras, inclusive. Se estou sempre saciada (ou quase isto, né) de 2 em 2 horas ou de 3 em 3 horas, mais fácil vai ser recusar tentações. Além do mais, aquilo que for comendo num intervalo menor de tempo, será processado com mais facilidade do que se, por exemplo, tivesse comido um pratão de comida só ao almoço...

Aprenda a substituir alimentos calóricos por alimentos mais saudáveis


A diferença maior é na primeira semana, quando a gente começa o processo de educação alimentar, substituindo besteiras por alimentos saudáveis. O leite, por exemplo, eu sempre adorei leite, mas nunca tomava o desnatado. Já viu a diferença apenas numa coisa como esta? Já viu como tira a gordura, e reduz enormemente a quantidade de calorias ingeridas durante o dia?

Eu também fazia careta para um montão de coisa. Ah, isso vai ficar sem gosto, arght, isso deve ser horrível. Mas acredite, há coisas com as quais a gente se habitua, eu que sou enjoada habituei. Mas é claro que, em casos mais extremos, é coisa de conversar com a nutricionista e perguntar «É sério que não dá mesmo pra substituir isto por outra coisa?», a minha dieta por exemplo acaba por ser muito baseada nisto.

A minha dieta


A minha dieta não é exatamente a mesma todos os dias em termos de horário, isso porque tem dia que eu trabalho até mais tarde, tem dia que eu tenho mais serviço na rua, tem dia que eu malho mais cedo e tem dia que eu malho mais tarde, etc, ou seja, sempre é preciso fazer uma ou outra "adaptação", mas sem, entretanto, aumentar o número de calorias ou de sair da regrinha básica de comer em no máximo 3 em 3 horas. Quando por exemplo tenho que sair, e não sei se vou demorar ou não, levo sempre uma garrafa de iogurte e uma fruta na bolsa, para um caso de emergência, rs.

Apesar das alterações referidas, a minha dieta é mais ou menos assim:

1) Manhã: 1 copo de água + 1 kiwi + 1 pão integral com queijo da vaca que ri light + 1 copo de leite magro (desnatado)
2) Meio da manhã: 1 iogurte magro 0% de gordura e 0% de açúcares adicionados + 2 bolachas integrais (tipo aquela água com sal, suuuuuuuper estimulante, rs, rs)
3) Nota: costumo malhar depois do café da manhã ou depois do lanche do meio da manhã, por isso costuma haver alteração aqui, porque depois do treino tomo sempre o meu Whey.
4) Almoço: muita salada + carne + 2 colheres de arroz. Pra beber: nada.
5) Lanche da tarde: 1 fruta + 2 bolachas
6) Jantar: eu não janto, expliquei para a minha nutricionista que odeio jantar, sem contar que dá a maior preguiça, então para eu não pular esta refeição ela substituiu por um lanche, que é: 2 a 3 torradas integrais + queijo branco + uma fruta ou gelatina
7) Ceia: 1 copo de leite magro (desnatado) + 2 biscoitos Maria

Como disse acima, a minha dieta não é a mesma todos os dias. Há dias, quanto trabalho mais por exemplo, que não tenho 7 refeições mas talvez 8 ou até 9. Eu perguntei para a minha nutricionista em relação a isto, às noitadas em frente ao computador, se devia ficar sem comer depois da ceia, ela disse que não, que devia continuar comendo de 3 em 3 horas no máximo, mas evitar coisas muito pesadas à noite. É claro que, nos dias em que faço mais refeições, a ingestão de calorias é maior, entretanto, continuo com o metabolismo acelerado.

Beber bastante água é uma dica imprescindível. Eu não tinha o costume de beber muita água, mas acabo por beber bastante na atividade física, e agora no último mês aumentei a quantidade de água por causa do termogênico, que aumenta a vontade da gente de beber água. Água, pelo menos, é uma coisa que a gente pode beber à vontade, sem culpa.


sexta-feira, 24 de agosto de 2012

A arte de fotografar: como melhorar as suas fotos pessoais e as fotos que tira dos amigos

A dicas que vou dar nesse post não dizem respeito apenas à fotografia profissional, nem requerem uma câmera profissional . São dicas bastante simples, mas podem ajudar - muito! - a melhorar as suas fotografias e as fotos que tira dos amigos. Nesse post tentarei abordar esses dois lados da fotografia: como fotografar melhor e como ser fotografado melhor!  Claro que num post só fica difícil dar de uma vez todas as dicas, mas espero voltar a tocar no assunto em novos posts, trazendo dicas novas!

Todo mundo precisa hoje de fotografias, nem que seja para postar no Facebook, rs. Claro que uma câmera profissional melhora em muito a qualidade de uma fotografia, isto é fato. Todavia, também é possível tirar algumas fotos bem interessantes com câmeras que nem são profissionais. Há casos de fotógrafos profissionais, inclusive, que ao venderem suas fotografias, conseguiram um valor maior por fotos tiradas com câmeras de baixa qualidade, quando afinal tinham outras bem mais elaboradas, feitas com equipamento de última geração. Ou seja, claro que o material pode ajudar, mas de nada serve o equipamento sem a sua criatividade.

Iluminação é tudo. Photoshop não é tudo.


Não é papo de quem acabou de acordar de um coma, mas você precisa ver a luz. Você precisa perceber a luz que há no ambiente, e como essa luz interfere naquilo que pretende fotografar. Mas espera aí, pára tuuuuuuudo! Sempre que falamos em luz, qual a primeira coisa que as pessoas pensam? Luz solar. E qual a associação que fazem? Sol rachando, bora para a praia, vai dar para tirar fotos incríveis. Ok, até é possível tirar algumas fotos razoáveis assim, mas as melhores fotos que você vai tirar não serão num dia de sol rachando. Pasme, mas as melhores fotos serão tiradas num dia nublado! Num dia de sol rachando, a luminosidade é muito intensa, só pra começar. O excesso de luminosidade vai criar muitas sombras, que nem sempre serão bem conseguidas ou benéficas para a fotografia em questão. E depois? Depois que todo mundo que leva com o sol na cara precisa ficar fazendo careta, o que quer dizer que você definitivamente não vai conseguir as melhores fotos de rosto! Então é assim: quer fotos boas, experimente dias nublados, ou então experimente tirar fotos bem cedo - bem cedo mesmo -, ou bem no finalzinho da tarde, ou talvez debaixo da sombra de uma árvore...

Não sou como o tipo de fotógrafo que negligencia por completo o Photoshop, nem aquele que abusa do programa. Acho o photoshop utilíssimo sim, mas ainda acho que o objetivo de uma boa foto é não precisar dele, ou precisar menos dele. Se uma foto precisa demasiado do photoshop, significa que, na maior parte dos casos, aquela imagem passará a ser irreal. Claro que sou a favor dos retoques, desde que não sejam exagerados, afinal quem quer ficar feio na foto, diz? Mas sou a favor de pequenos retoques, e não de retoques gigantescos, que transformam uma pessoa completamente. Mas por vezes acontecem casos engraçados, rs, rs. Por vezes, o retoque é tão bem feito, que uma pessoa que foi fotografada depois jura de pé juntos que ela é assim mesmo, rs, rs. Uma vez, por exemplo, saí com uma amiga e acabei por fotografá-la. O problema das câmeras profissionais é que elas revelam tudo ao pormenor, tanto as nossas qualidades quanto os nossos defeitos, rs, dá pra ver até os nossos poros. A iluminação do local era péssima, mas bem, então quando passei a foto para o computador, vi que a foto tinha revelado muitas ruguinhas à volta dos olhos da minha amiga, e resolvi atenuá-las um pouco com o photoshop. Entretanto, o que fiz apenas foi atenuá-las, o que reduziu pelo menos 40% dessas rugas, não quis tirar todas para não ficar irreal, para não parecer que ela tinha a metade da idade real, logo pudesse parecer ser a filha dela e não ela.  Bem, fato é que, quando mandei a foto já editada para a minha amiga, ela se assustou ao ver a foto... mas assustou-se porque achou que tinha rugas a mais, quando não sabia ela que eu tinha reduzido boa parte. Se eu enviasse a foto real, aí sim ela traumatizava!

A imagem que temos das pessoas nem sempre corresponde à imagem que elas têm de si próprias


Fotografar pessoas não é fácil, porque a imagem que temos das pessoas nem sempre é a imagem que elas têm de si próprias. As pessoas nos conhecem de costas muito mais do que nós nos conhecemos, porque nós não vemos a nossa imagem quando caminhamos de costas. Uma pessoa de 2 metros de altura com certeza me enxergará de uma forma que eu nunca me vi. E depois disso, vem também todos os problemas com a imagem que a pessoa pode ter, ou os problemas que a imagem pode lhe trazer. Porque uma coisa é tirar foto daquela pessoa que é a rainha da auto-estima e que se acha linda em todos os momentos e circunstâncias, outra coisa é fotografar alguém que não se sente bem com a sua própria imagem, ou cuja imagem  pode ser comprometida por uma má foto.

Aprenda a trabalhar a observação


O meu objetivo enquanto fotógrafa é sempre tirar a melhor foto das pessoas. É sempre revelar a beleza delas, é mostrar fotos em que elas estão mais bonitas, e não fotos onde parecem mais feias, aliás, eu não vejo sentido em tirar fotos das pessoas onde elas possam sair feias, ninguém quer aquela foto onde estava feio como recordação, mas todo mundo quer guardar boas lembranças. Isso requer saber observar as pessoas, ver os pontos altos e os pontos baixos, ou seja, as qualidades que quero mostrar e ver os defeitos que quero esconder. Por exemplo, uma pessoa com papo debaixo do queixo, pra quê que eu vou fotografar essa pessoa de modo que apareça esse papo? Por que não estimular um belo sorriso ou um olhar profundo, e focar justamente no papo debaixo do queixo, meu Pai? Olhe para os seus amigos, olhe sem pressa para as pessoas, assim conseguirá produzir fotos melhores delas! Quem diz olhar para os amigos, diz também em relação a olhar para si próprio: saia da zona de conforto, descubra novas caras e bocas, teste movimentos e poses, boa parte do sucesso de uma fotografia é justamente isto, não ter medo de fazer experiências!

O exemplo das pernas com celulite


Tenho celulite nas pernas, mas não tenho a mínima vontade de expor a minha lipodistrofia ginóide ao mundo.  Então quando ponho fotos pessoais minhas no Facebook, e quando nessas fotos mostro as minhas pernas, os mais bonzinhos pensam «Ah, ela é exagerada, não tem celulite nada, olha só!!!», enquanto que os mais mauzinhos - os mauzinhos também sempre se acham espertos, e que sabem mais que todo mundo - logo garantem «Ah, com certeza ela usou Photoshop para tirar a celulite das pernas!!!!».

...E na maior parte dos casos, na verdade, eu quase não uso Photoshop nas minhas fotos pessoais. E como é que a minha celulite some? Simples, lembra aquele papo que eu falei da luz, mais acima? Simplesmente isto. Num determinado tipo de luz, realçaria a minha celulite, enquanto que, num outro tipo de luz, a minha celulite nem aparece nas fotos. Não quer dizer que eu deixei de ter celulite de um minuto para o outro, nem quer dizer que usei Photoshop para esconder a celulite, o truque foi apenas ter usado em meu benefício uma boa iluminação, apenas isto!!!!

Para começar, comece a tirar fotografias em lugares com diferentes tipos de iluminação... irá se surpreender!

Bom, espero que com essas pequenas dicas simples (observar a luz, não depender exclusivamente do photoshop, usar a luz ao benefício da foto, aprender a observar, tentar descobrir a beleza das pessoas através da fotografia...) possa ter ajudado a criar melhores fotos. Quando possível, trago novas dicas!




quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Como fazer o cabelo crescer mais rápido - Dicas para acelerar o crescimento dos cabelos

A foto ao lado, do meu cabelo todo despenteado, é o resultado dos últimos 3 meses. Como uso extensões - só até o final desse mês! -, mais fácil perceber o quanto que ele cresceu... Entre as setas pretas, o tamanho que ele cresceu nos últimos 3 meses. Em frente à seta vermelha, com a raiz escura precisando de pintar, o crescimento em uma semana e meia. (Desculpem a má qualidade da foto, foi tirada com o telefone...) 

Para quem sempre teve facilidade para o cabelo crescer, talvez este resultado não seja nada. Mas para mim, que sempre tive dificuldade com o crescimento do cabelo, este resultado tem sido o máximo!!!! 

Desde criança tinha o cabelo no meio das costas, mas isso não significa uma facilidade com o crescimento; ele tinha crescido até ao meio das costas e mais do que isto ele não costumava crescer...Depois com o tempo, com a idade, e principalmente com os processos químicos regulares, ele passou a crescer ainda menos.

Por duas vezes, inclusive, meu cabelo chegou a cair e a quebrar bastante. Na primeira vez, uns 12 anos atrás, fui ao salão retocar as raízes e a senhora simplesmente "esqueceu-se" do produto no meu cabelo, de modo que nessa altura, em que eu já tinha deixado de usar franja, tive que voltar a usá-la para esconder a ferida que tinha aparecido na minha testa, em função do tal "esquecimento". Depois disso o cabelo foi caindo, caindo, caindo, até que fui obrigada a cortá-lo estilo Joãozinho. A última vez que isto aconteceu foi no ano passado, ele foi quebrando e chegou a um ponto em que estava tão curto que eu era obrigada a usar gel na parte perto da testa, para o cabelo não ficar espetado para cima. Foi nesta altura, perto do mês de Novembro, que me vi obrigada a usar extensões, mas, desde então, agora só cuido do cabelo em casa.

E o cabelo tem crescido bem. Não só tem crescido, como também tem ficado muito mais forte. Claro que me recomendaram vários tratamentos, várias ampolas de crescimento que comigo nunca resolveram, e que só já me fizeram jogar dinheiro fora. Quer saber logo o nome do meu milagre, não quer'? Ampolas de placenta vegetal.

Não descobri as ampolas de placenta vegetal por nenhum cabeleireiro.  Na verdade, na primeira vez que fiquei quase careca, tinha experimentado todos os tratamentos que me vieram propor, comprei todos os produtos que diziam ajudar no crescimento, tomei comprimidos, etc., e nada resolvia, tanto que até a minha nova cabeleireira nesta altura sempre reparava achar estranho, porque meu cabelo não crescia nunca. Até que um dia, acordada pela madrugada, vi um programa de vendas na tv que falava de uma ampola de placenta vegetal para crescer o cabelo. Como eu já tinha experimentado realmente de tudo para fazer o cabelo crescer, não custava nada acreditar em mais uma propaganda, kkkkk, e assim fiz a encomenda do produto, que vinha de Espanha. Entretanto, apesar da minha descrença, o produto funcionou mesmo, tanto que esta nova cabeleireira, que já estava acostumada a fazer a minha escova já há alguns anos, começou a reparar que "até que enfim" o meu cabelo estava crescendo. 

Claro que lembrei novamente da ampola no ano passado, quando voltei a ter o mesmo problema. A questão é que, o produto que eu conhecia, já não tinha propaganda na tv, nem ao menos conseguia encontrá-lo. Procurei pela antiga marca, já não existia. Procurei pela empresa que antes vendia o produto, também sem sucesso. Mas daí pensei: «Não preciso procurar por ampola de placenta vegetal daquela marca, basta eu procurar por ampola de placenta vegetal!» Mas não foi tão fácil encontrar: não é em toda loja de produtos de cabeleireiro que vende. Aliás, há cabeleireiros que nem sabem para quê que a ampola de placenta vegetal serve. 

A ampola de placenta vegetal não só estimula o crescimento do cabelo, como também trata a raiz do cabelo. Não, eu não sou paga para dizer isto nem ganho nenhuma comissão vendendo o produto (infelizmente, rs, rs), estou dizendo porque funciona. Estou contando porque sei o que é, para uma mulher, estar com o cabelo bonito e de repente perdê-lo. O que é lutar para ele crescer, e ele não crescer.

Desde que comecei a usar a ampola, o crescimento é o que se vê na primeira foto desse post. A cada 3 meses, o crescimento tem sido, a meu ver, muitíssimo bom.  A ampola que tenho usado é da Bioplacenta da Risfort (www.risfort.com), não sei se vendem dessa marca no Brasil, mas em Lisboa é possível encontrar em duas lojas na Amadora, da mesma marca, a diferença é só o preço (numa loja comprei a caixa por 12,90€, mas depois ainda me deram um descontinho por eu ter comprado 2 caixas, na outra loja comprei 3 caixas a 14,21€ cada, sem qualquer desconto...sniff). Cada caixa vem com 12 ampolas, e só na primeira semana que é preciso comprar mais, porque deve usar uma ampola por dia durante uma semana, mas depois desse período de choque basta usar de 1 a 2 ampolas por semana, por um período mínimo de 3 meses.

Fazer o cabelo crescer com comprimidos


Bem, também já experimentei comprimidos, e com algumas amigas minhas deu bem certo, comigo nunca funcionou, mas é bem possível que a culpa tenha sido toda minha, por não ter tido disciplina de lembrar todos os dias dos comprimidos. Fora que, alguns comprimidos para crescimento de cabelo, você não pode tomar junto com outros, portanto convém sempre ler a bula direitinho. Teve um que eu usei que, se não me engano, recomendava que não fosse tomado em simultâneo com chá verde, e eu que sempre tomo muitos chás porque faço muita ginástica, tive que suspender o remédio para o crescimento do cabelo.

O único que eu uso, e que dizem ser também bom para o crescimento do cabelo, é o Ômega 3, 6 e 9. Mas estou a tomá-lo para evitar problemas cardio-vasculares, só depois que fiquei sabendo que também ajudava a crescer o cabelo. Entretanto, quando comecei a tomá-lo, ainda antes de usar a ampola, o cabelo não estava crescendo, rs. Logo, sei que é a ampola que faz o meu cabelo crescer, sem contar na experiência há 12 anos atrás, que também me ajudou (e nessa altura, há 12 anos atrás, eu não tomava o Ômega 3, 6 e 9). Nota: os comprimidos de Ômega 3, 6 e 9 que tomo são os mais baratinhos; compro  no supermercado por aproximadamente 5 euros.

Massagens capilares


O que sempre ajuda, claro, é aproveitar o momento em que usa a ampola para fazer massagens capilares, assim é sempre uma forcinha a mais para ajudar o cabelo a crescer. :)


terça-feira, 21 de agosto de 2012

Dietas Criativas: Receita de salada de feijão frade com couve-flor

Comida de dieta não tem que ser comida ruim, muito menos aquele tipo de comida que você come fazendo aquela cara como se estivesse comendo lavagem de porcos. Muito menos precisa ser sem graça como comida de hospital, a comida de dieta precisa ser saudável, com poucas calorias, e de preferência muito colorida e criativa, para não gerar tédio e desânimo em quem tenta manter a forma.

Criatividade, aí está a palavra, para manter a nossa motivação. A receitinha abaixo foi inventada por mim hoje, e garanto, ficou uma delícia! (Quem me conhece, sabe que eu só engordo de ruim, porque eu sou super enjoada para comida, faço a maior cara de nojo para um montão de coisa, ou seja, quando eu digo que está bom, é porque o negócio está mesmo ótimo!)

E como ficou tão bom, resolvi dividir a receitinha com vocês, e abaixo vou também explicando a razão de alguns ingredientes.

SALADA DE FEIJÃO FRADE COM COUVE-FLOR

Ingredientes:
1 colher (de café) de azeite*
1 alho inteiro, picado ou amassado
4 colheres (de sopa) de feijão frade cozido (sem a água)
1 cebola média picada em quadrados
1 colher (de sopa) de aveia em flocos**
1 colher (de sopa) de água
1/2 couve-flor cozida
1 tomate grande picado em quadrados (com pele e sementes)***
pimenta preta a gosto****
sal a gosto *****
salsinha em pó

Modo de preparação

Refogue o alho no azeite, adicione o feijão frade e misture. Adicione a cebola picada, misture bem por uns 30 segundos, depois adicione a aveia, e misture. Adicione logo de seguida uma colher de água, misture novamente e coloque a couve-flor , o sal e a pimenta. Misture. O tomate vai por último, porque o objetivo não é cozinhar o tomate, mas apenas jogá-lo dentro da panela para ele ganhar o sabor dos outros ingredientes. Mais 30 segundos e está pronto. Coloque num prato, jogue uma salsinha em pó para enfeitar... e está pronto para comer. Também pode ser servido frio.

Alimentos que ajudam na dieta: 

*segundo li, o azeite faz parte das gorduras boas, ou seja, das gorduras que fazem bem para o nosso corpo, porém, ele só é gordura boa quando está na sua temperatura normal, quando aquecido a grandes temperaturas ele perde todos os seus nutrientes e passa a ser gordura má, por isso não abuse dele.

** pra quê colocar aveia nisso, se o meu objetivo não é engrossar nenhum molho? Na verdade a aveia não é adicionada para engrossar o molho - porque não existe molho -, nem para dar mais sabor - aliás, ela nem vai ser notada dentro dessa receita. Ela só foi adicionada com um único propósito: ajudar a emagrecer! Ya, a aveia em flocos ajuda bastante quem quer emagrecer, dizem que ajuda a eliminar aquelas gordurinhas mais dificeis...

*** pelo que me disseram hoje, a semente do tomate tem muitos anti-oxidantes, portanto nada de negligenciá-la...

**** a não ser que você sofra muito de hemorróidas (hoje eu tô que tô, rs), vale sempre adicionar pimenta na comida, porque, além de dar aquele sabor especial, a pimenta também é um excelente termogênico!

***** sal a gosto, mas não muito, tá, manhêêê??? Rendimento: 2 porções, ou seja, para duas pessoas ou como no meu caso para o almoço e jantar :)

Acompanhamento: 

Esta salada, que tanto pode ser comida quente quanto fria, pode ser acompanhada por 2 colheres de arroz e 1 peixe ou carne grelhada. Outra opção é adicionar, antes do tomate, carne moída já cozida e temperada, ou atum, ou frango desfiado... São meros exemplos, apenas para diversificar...

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Quando você entra na academia e, ao invés de emagrecer... engorda!!!



Aconteceu comigo. Malhava como uma louca, mas ao invés de emagrecer... engordava! Não estou falando em ganhar massa muscular - que eu também ganhava, bastante! -, estou falando em engordar mesmo!

É possível engordar, mesmo malhando? Claro que é, e eu já vou explicar o que aconteceu comigo... 

ACIMA DE TODAS AS COISAS, o que hoje - já educada e já resolvida quanto a este problema - costumo dizer é que não dá pra você treinar o seu corpo sem antes treinar a sua cabeça. Pra começar, o problema era que, por mais que o meu corpo estivesse fazendo as coisas certas - pelo menos estava na academia, e estava indo malhar direitinho -, a minha cabeça não estava, e era a minha cabeça, com pensamentos errados, idéias erradas, informações erradas, que sabotava todo o meu suor. 

Não era o tipo de pessoa que engordava por comer muito todos os dias. Não é que não sentisse vontade de comer mais todos os dias, mas como venho de uma família já gordinha, meio que cresci tentando evitar a obesidade, ou seja, apesar de ter estado gordinha muitas vezes, à obesidade nunca cheguei, mas não por falta de vontade de comer mais, mas por ter sempre controlado mesmo, sabendo que para ficar pior bastava um passo... Daí eu nunca fui uma pessoa de comer muito todos os dias, porém sempre tive algumas fases piores, com mais ansiedade, com mais vontade de comer, e justamente nessas fases que engordo muito. O que acontece é que podia passar um mês me alimentando até razoavelmente bem, mas depois tinha uma semana, "aquela semana" em que tinha desejos compulsivos por comida, o que significava que, naquela semana, tinha vontade de comer mais ou vontade de comer coisas mais calóricas, principalmente doces. Mas como eu dizia, não era meu HÁBITO comer muito todos os dias, e o que me assustou, quando entrei na academia, foi justamente isto: de repente, eu voltava da academia e comia feito um boi, o que não era exatamente um hábito antes, quando eu não malhava. Ou seja, eu comia praticamente o dobro do que comia quando não malhava, e claro, engordei.

As academias aqui não são de dar muitas dicas. Quer dizer, você pode até pedir algumas dicas, mas sempre fica aquele clima muito claro de que "era bom se você pagasse para ter mais dicas e um atendimento personalizado". Aqui, para começar, você assina contrato com a academia por um ano, e tem que se comprometer a pagar a academia por este ano inteiro, independente de ir ou não, mas além de pagar a academia, os personal trainers em geral ficam querendo que você "contrate-os" para um treino particular, bemmm mais caro, ou seja, meio chato ficar pedindo dica de graça para alguém que quer ser pago por isto, então aqui você acaba ficando meio perdido mesmo, e como para acompanhar resultados você também tem que pagar (e não é barato como no Brasil não), é natural que, por vezes, além de não ter progressos, você encontre alguns fracassos, mesmo indo à academia!

O QUE RESOLVEU O MEU PROBLEMA - o que não tem muitos meses que aconteceu - foi começar um acompanhamento com uma nutricionista.  Coisas simples, como comer no máximo de 3 em 3 horas, tomar um pré-treino e um pós-treino, poderiam ter me ajudado desde o início na academia, principalmente para não ter essa "fome de leão" quando saía do treino.

Mas não era só esse apetite voraz que me engordava. O que me engordava, como disse, era a minha cabeça. Porque eu pensava "ah, como eu malhei hoje, já posso tomar esse sorvete", "hummm, hoje eu vou comer essa barra de chocolates, amanhã eu vou para academia e malho o dobro." E hoje, hoje eu sei, isso não funciona! Academia não funciona sem dieta!

Igual uma senhora que eu vi um mês desses na esteira, rs, rs. Ela estava na esteira não tinha nem dez minutos, cansou e saiu dizendo "ah, pelo menos já queimei o meu almoço!", e eu tive vontade de perguntar "E o que foi que a senhora almoçou? Só um tomate?" Porque o que acontece é isso, não adianta malhar achando que vai queimar tudo o que comeu durante o dia, porque não vai, principalmente se ingerir alimentos ainda muito mais calóricos do que os considerados saudáveis.

No fundo, eu estava repetindo tudo aquilo que os meus amigos me diziam. Eles me chamavam para tomar sorvete e diziam "amanhã você queima isso tudo, boba!", mas no fundo só quem malha sabe o sacrifício que é, nada se consegue com facilidades ou cedências frequentes! Toda vez que os amigos agora me chamam para esses excessos, e me dizem que depois eu queimo tudo na esteira, eu sei que estão mentindo, ou que no mínimo nem fazem idéia do que estão falando! Há pequenas coisas que você pode comer que só vai eliminar se ficar umas 6 horas malhando direto, no mesmo ritmo, e isso não dá, não é mesmo? Fora que, além do excesso de hoje, os outros dias você continua se alimentando, ou seja, eliminar as calorias do chocolate da semana passada só vai te atrapalhar a queimar as calorias de hoje.

Não dá pra seguir o conselho do amigo que diz que você vai conseguir queimar rapidinho as calorias da pizza de ontem. Todo mundo tem aquele amigo que come como um boi e nunca engorda. Todo mundo conhece pessoas que conseguem resultados rápidos, e outras que precisam de se esforçar o dobro para conseguir os mesmos resultados.

O funcionamento do corpo de cada um é diferente, por isso aconselho que cada um consulte a sua própria nutricionista, ao invés de seguir conselhos de coisas que foram feitas para pessoas diferentes da gente, que não são a gente.

Há casos e casos, cada qual com suas particularidades. Eu, por exemplo, queria emagrecer, mas não só emagrecer, queria emagrecer e não perder massa muscular, e tonificar o corpo também. Claro que, a dieta que a minha nutricionista me passou, foi levando isso em conta.

Os pães de queijo com a coca-cola da foto são hoje apenas (más) lembranças. Nessa época, ia correndo para a academia, nem sempre tinha tempo de almoçar, e quando não tinha tempo de almoçar era isso o que eu comia, antes do treino. Sim, erradíssimo, claro que hoje eu sei, mas é como eu dizia, naquela altura a minha cabeça estava errada, eu achava que por malhar eu tinha "direito" a certos deslizes. 

Não estou dizendo que agora tenho que ficar obcecada e que nunca mais vou comer um brigadeiro.Hoje, da mesma forma que o meu treino é planejado, a minha alimentação também é, inclusive os deslizes. O que engorda não é um deslize uma vez por mês, mas os deslizes frequentes, principalmente aqueles que nem são percebidos.

Quando um amigo te convida para tomar sorvete porque "sabe" que você depois vai queimar essas calorias, na verdade ele não sabe. Ele não sabe como foi a sua alimentação essa semana, ele não sabe o quanto você malhou essa semana, ele não sabe quais são as suas metas em relação ao treino e à dieta, na verdade ele não sabe de nada, portanto melhor nem dar conversa...

Algo que também fui aprendendo, com o tempo, é que a busca pela forma física e por uma vida saudável requer uma mudança de hábitos. Malhar não é apenas uma atividade física, como passa a ser, também, um estilo de vida.


terça-feira, 14 de agosto de 2012

Maquilhagem: novas comprinhas na Kiko Milano

E essas foram as comprinhas na Kiko Milano na Segunda-feira:

- Creme dia/noite 3d lifting cream
- Base 3d lifting foundation 6 medium beige
- Corretor 3d lifting 3
- Pó Soft focus compact 05
- Sombra marrom 120
- Sombra verde 107
- Sombra rosa-choque 147
- Máscara top coat volumateur
- Máscara top coat allongeant

Se ficou caro? Claro que ficou, mas se fosse à MAC, com o mesmo dinheiro, eu não teria comprado muito mais do que duas bases...

Claro que eu também tenho uma base da MAC, e outros produtos de outras marcas mais caras... Mas nem tudo precisa ser exatamente das marcas mais caras... São lançados inúmeros produtos diariamente, não dá para a gente ir testando tudo, mas também é verdade que, sempre que possível, temos que estar disponíveis para conhecer novos materiais, porque tem muita coisa boa por aí, digo, tanto boa em qualidade como também boa para o bolso...

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Maquiagem e Cosméticos: Primeiras comprinhas na Kiko Milano

Essa foi a minha primeira compra na Kiko, algumas semanas atrás: 

- Verniz amarelo 355
-  Verniz lilás 314
- Primer de rosto Skin Tone Corrector
- Sombra amarela 103
- Corretor de alta cobertura 01

Em breve coloco as fotos das novas comprinhas na Kiko feitas nesta Segunda-feira, dia 13.08.12. Mais em frente, pretendo fazer um review desses produtos :)

domingo, 12 de agosto de 2012

Maquilhagem: tarde de compras amanhã na Kiko Milano

Olho* Paola de Balzac, inspirado nas olimpíadas e na torcida pelo Brasil. 
Sabe o que é um convite do tipo irresistível? Ir a uma loja de maquilhagem! I dieeeeee!!!!

Quem me conhece, sabe que a Kiko é uma das minhas lojas de maquilhagem e cosméticos preferidas. Primeiro por causa da qualidade do material, óbvio, mas em segundo lugar, não menos importante, porque ela tem preços muito mais acessíveis se compararmos com as outras marcas.

Não tem muito tempo, descobri que enfim abriram uma loja da Kiko em Lisboa, nos Armazéns do Chiado, e eu quase dei cambalhotas de emoção! Na verdade, eu já tinha ido milhares de vezes ao Armazéns do Chiado, mas nunca tinha visto esta loja lá, mas pois é, a questão é que, sempre que vou ao Armazéns, ou pego o elevador e vou diretamente para a praça de alimentação lanchar com os amigos, ou então nem subo as escadas rolantes, desço direto para a FNAC para comprar algum livro. Como fica no primeiro andar, onde eu nunca vou, acabei por não descobrir a sua abertura! Mas o pessoal da loja me disse que foi em Dezembro que abriram, ainda assim eu acho que foi muito tempo que fiquei sem saber de uma informação de utilidade pública como esta! (Ah, eu morro só de pensar que no ano que vem, quando voltar em definitivo para o Brasil, já não poderei fazer essas comprinhas na Kiko, lá eu até sei que consigo encontrar maquilhagem da Kiko, mas o olho da cara! Mas tenho que aproveitar agora, cada segundo dos meus últimos meses cá!)

Bom, apesar de ter feito comprinhas bem recentes na Kiko (em breve faço review dos produtos que comprei), amanhã estarei lá novamente, acompanhando a minha amiga e manicure, que quer comprar alguns vernizes. Temos que aproveitar os saldos, meninas!

...

* O olho da foto foi feito com: 
- sombra amarela da Kiko (nº 103)
- lápis preto Yves Rocher (nº 81)
- lápis verde Sephora - Crayon jumbo 12h, 10 green
- Rímel CilArquitecte L'oreal preto
- Rímel The Colossal Maybelline



Website relacionado: Kiko Make Up Milano

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Dicas para quem não tem tempo e/ou dinheiro para entrar na academia


O melhor seria você entrar numa academia? Seria. Mas se não tem tempo - ou se é do tipo que vai passar a vida dizendo que não tem tempo - ou grana, o importante é, pelo menos, praticar alguma atividade física, seja na academia ou não. Sou da filosofia de que fazer alguma coisa é sempre melhor do que não fazer nada, portanto, se não tem como entrar na academia agora, tente pelo menos praticar alguma atividade física com regularidade. Abaixo algumas sugestões:

1) Caminhadas: essa era a atividade que eu mais praticava no Brasil, principalmente por não ter grana para pagar academia. Morando no interior, a vantagem é ter sempre muitos locais para onde ir caminhar. A dica é colocar uma roupa e sapatos confortáveis, e sair bem de manhã ou no final da tarde, por causa do calor, e levar uma garrafa d'água para ir se hidratando também.Caminhada é uma atividade física leve, mas você pode tirar mais proveito dela se ir aumentando a intensidade do exercício (aliás, algo que com o passar do tempo DEVE ser feito, para o corpo não se habituar ao mesmo exercício). Formas de intensificar a caminhada? Aumentar a velocidade do passo, ir caminhar para locais onde há muitas subidas, ou comprar caneleiras com pesos. Depois da caminhada, lembre-se: abdominais e alongamentos!

2) Corrida: você não precisa sair de casa já conseguindo correr meia maratona! O importante é sempre começar, é persistir, é tentar desafiar-se um pouquinho mais todos os dias. Antes, até porque fui fumante, eu não conseguia correr por muito tempo, então corria um pouquinho e caminhava um pouquinho, corria mais um pouquinho e voltava a caminhar, é assim que uma pessoa começa. Ao contrário da caminhada, a corrida eu já gosto de fazer sozinha, até porque gosto de aproveitar para tranquilizar os meus pensamentos, já que não dá pra correr conversando mesmo, sem contar que gosto de correr ao meu próprio ritmo, e com alguém a gente sempre acaba ficando meio condicionado pelo treino do outro, mas isso é opcional, eu que prefiro correr sozinha e ter esse momento só meu. Apesar de fazer academia, correr na rua é um outro tipo de experiência, na minha opinião até melhor que correr na esteira.

3) Andar de bicicleta: Tem bicicleta? Sabe andar de bike? Então aproveite esta atividade magnífica! Que tal, se calhar, começar a ir para o trabalho de bicicleta? Ou que tal pelo menos adquirir o hábito de usar mais a bicicleta ao invés do carro? Um dia li uma reportagem mostrando a mudança brutal de umas estudantes que passaram a ir de bicicleta para a faculdade, elas entraram em forma, evitaram o stress do trânsito, e ainda por cima economizaram com o transporte.

4) Subir escadas: Simplesmente deixar o elevador e passar a usar as escadas do seu prédio, já pode fazer uma mudança enorme na sua vida! Pequenas mudanças, realizadas diariamente, já conduzem a grandes resultados a médio/longo prazo, pense nisto. Outra idéia? Usar as escadas do seu prédio como step, que tal?

5) Fazer localizada em casa: Se pesquisar no Youtube, encontrará muita informação sobre um grande número de exercícios que poderá fazer em casa.  Algumas pessoas são até extremamente criativas, e usam por exemplo garrafas de água como pesos. A criatividade, aliás, será grande aliada em todo o processo em busca da boa forma física...

6) Dançar: tem coisa mais deliciosa que dançar? Seja sozinha, seja acompanhada, dançar é um ótimo exercício, e além disso é divertido! Dance sozinha em casa, dance enquanto faz a faxina,... lembre-se: o importante é se movimentar! Mas se tiver namorado, aproveite e chame o bofe para um pé de dança também... :)

Outras dicas:


- Agachamento é tudo para ter um bumbum bonito, se joga nele!
- Não consegue fazer flexões ainda? Joelho no chão ajuda. 
- Abdominais todos os dias, nem que seja só um pouco. Não consegue fazer abdominais? Eu também não conseguia, então passei a ir para o chão e apoiar as pernas no sofá ou numa cadeira, fiz isso durante um mês, depois já estava conseguindo fazer abdominais normalmente. Ninguém começa fazendo 500 abdominais por dia, faz 3 séries de 12 pra começar, você vai ver que com o tempo é o nosso próprio corpo que começa a pedir mais.
- Antes de se preocupar em fazer MAIS, tem que se preocupar em fazer da forma correta. Postura correta é tudo para uma boa execução dos exercícios, Abdominais, por exemplo, é para exercitar a parte abdominal, e não o pescoço.
- Não se esqueça dos alongamentos depois!!!! Ao contrário do que muita gente pensa, o alongamento, principalmente o alongamento da prática do Yoga - a minha atividade favorita - também ajuda a tonificar e a fortalecer os músculos,  sem contar que trabalha tudo, trabalha a respiração, sua resistência e flexibilidade.
- Ainda está aí sentada? Movimente-se!!!

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Como parar de fumar - Como consegui largar o cigarro

Fumava 2 maços de cigarro por dia, tendo começado aos 17 anos de idade. Parei de fumar duas vezes, sendo que esta segunda foi a última, o que dura já tem bem mais de cinco anos. Neste post, vou explicar direitinho como consegui deixar de fumar, mas já aviso: não foi fácil.

Quando parei de fumar pela primeira vez


Na primeira vez que parei de fumar, para começar me cerquei de todas as informações necessárias. Fui à biblioteca e peguei livros, li blogs e relatos, tudo o que precisava era de motivação, estímulo, saber que se os outros conseguiram, eu conseguiria também. Mais do que isto: eu precisava me convencer que devia parar de fumar. Precisava criar em mim a vontade de parar de fumar, porque, para ser sincera, nem vontade eu tinha, o que complica bem mais as coisas.

Até então, já tinha tentado reduzir o número de cigarros por dia, mas nunca tinha parado de fumar. Aliás, nunca nem tinha passado pela minha cabeça parar de fumar, por que pararia, se fumar me dava tanto prazer? Mas de repente quis parar, inclusive para saber como era parar de fumar, e se eu conseguiria. É que um vício, por mais que seja prazeroso, também cansa. Cansa ser escravo, seja do que for, e eu era escrava do cigarro, completamente. Não era do tipo de pessoa que diz «Fumo há dez anos e até hoje não viciei!», rs, eu tinha consciência que era viciada no cigarro. Até acho que, se eu conseguisse fumar pouco, talvez nunca nem teria pensado em parar de fumar, mas eu sabia que, ano após ano, estava sempre fumando mais, sempre precisando de mais cigarros, perdendo completamente o controle, chegando a ter vários maços de cigarros abertos espalhados pela casa. Um dia vi a J. K. Rowling, autora do Harry Potter, dizendo que, entre fumar um cigarro e entre fumar um maço inteiro, ela fumaria um maço inteiro, e então como ela não conseguiria fumar um cigarro só, decidiu parar de fumar.

Assim que me cerquei de informações, decidi parar. E a decisão acabava por ser sempre para amanhã, para segunda-feira, para depois daquela prova, para a seguir àquela festa. De repente, eu acabava o jantar, e lá estava com o cigarro na boca, quando de manhã tinha acordado a dizer que não fumaria.

Aí não teve jeito, tive que tomar uma atitude drástica comigo mesma: peguei todos os meus cigarros e joguei dentro de uma bacia com água. Fiquei morrendo de nojo de ver o cigarro se desfazendo na água, e desde então fiquei uns dois anos sem fumar.

Os primeiros dias sem fumar


Os primeiros dias sem fumar são os mais terríveis. Depois que joguei os meus cigarros dentro da bacia com água, não tinha mais jeito, eu tinha mesmo que parar de fumar. 

Eu parecia uma louca. A vontade que tinha era de bater com a cabeça na parede, até sangrar. Por momentos, me sentia orgulhosa por estar já há tanto tempo sem fumar, mas, quando olhava no relógio, afinal só tinha passado meia hora. Eu, que já era ansiosa, sentia a ansiedade aumentar cada vez mais. Se tivesse uma camisa de força, eu vestia, só para estar presa e não conseguir ir a um bar comprar um maço de cigarros, nem abrir o maço, nem acender o cigarro. Mas eu tinha que conseguir, com ou sem camisa de força, e cada hora que passava era uma tortura, mas enfim consegui ir dormir, passando um (difícil!) dia inteiro sem fumar. Fui dormir mais cedo.

Cada dia foi profundamente difícil sem o cigarro. Não estava apenas mais ansiosa, mas a minha irritabilidade também tinha aumentado bastante, logo eu, que antes era tão calminha com um cigarro aceso na mão. Tudo, de repente, passava a me irritar fácil, e os dias, que antes passavam voando, começavam a travar, como um pesadelo que parecia não acabar nunca.

Não era só um dia de cada vez, era um segundo de cada vez, porque cada segundo parecia demorar uma eternidade para passar. Eternidades depois, consegui passar 3 dias sem fumar, depois uma semana, e passada a primeira semana que senti um desespero menor, como se enfim eu já não ficasse tão aflita como antes.

A vontade de fumar não passou, nem passados meses, nem passado o primeiro ano. Tive que lidar com essa luta diariamente.

A recaída: quando fiz a besteira de voltar a fumar


Minha mãe também é uma ex-fumante, e ela me contava que, quando parou de fumar, por várias vezes teve pesadelos de que tinha voltado a fumar, e eu tive esses pesadelos também, e era um desespero enorme, depois de tanto tempo sem fumar, ver-se fumando novamente, mesmo que em sonho.

Ter parado de fumar causou várias reações em mim. A primeira delas foi a minha irritabilidade, eu ficava irritada com qualquer coisa, e já não tinha o meu calmante entre os dedos. Havia todo um costume, todo um hábito, uma série de momentos em que o cigarro estava comigo, em que fazia parte da minha rotina, e de repente a mudança era muito grande para não percebê-la. De repente, mesmo de forma não muito consciente, desenvolveu-se uma revolta dentro de mim, como se fosse uma revolta com as pessoas que fumavam, uma espécie de inveja por elas poderem fumar ou não. Claro que eu também podia fumar, mas eu tinha dito para mim mesma que não fumaria, mas o fazia como se estivesse de castigo, como se fosse uma espécie de tortura que estivesse me auto-impingindo. Passei a me odiar, passei a ser a megera que me tirava o que eu queria. Eu não conseguia ver o ato de parar de fumar como algo bom para mim, mas como um castigo, uma maldade, e isso dificultava mais ainda a situação. Além disso, comecei a ter um tremendo nojo das pessoas que fumavam, tinha me transformado naquele tipo de pessoa chata que parou de fumar e que queria obrigar todo mundo à volta a parar de fumar também, e estranhamente tinha uma vontade fortíssima de vomitar sempre que alguém fumava à minha frente, ou mesmo quando sentia o cheiro de cigarro em alguém. Fora isto, depois de dois anos sem fumar, também tinha engordado como uma vaca, ou seja, além da irritação, além de estar me sentindo castigada por não poder fumar, minha auto-estima tinha ido para as cucuias, eu não me sentia bem com a minha vida, nem com o meu corpo, nem comigo.

E então houve um dia. Aconteceu algo que me tirou completamente do sério, e quando vi estava com um cigarro na boca. Não me lembro de ter descido para comprar cigarro, eu só lembro de já estar ali, fumando pra me acalmar. Na hora, nem notei, mas depois chorei muito, enquanto fumava mais outro e outro. Anos de luta jogados fora. Depois de ter conseguido ficar 2 anos e tal sem fumar, estava eu ali, fumando de novo. Era uma sensação terrível de fracasso.

Hoje vejo que o que me levou à recaída não foi só o grande problema que tive. Se não fosse aquele problema, seria outro, mais cedo ou mais tarde. No fundo, eu só usei o problema como desculpa para algo que eu já queria fazer. Acho que eu só precisava de uma justificação forte, algo que me redimisse. 

Li algures que 90% das pessoas que param de fumar têm uma recaída, e eu fiz parte dessa estatística. Você continua convivendo com o cigarro, e largá-lo não é só uma situação física, mas sobretudo emocional. Foi assim que percebi que, para parar de fumar novamente, e para ter sucesso neste objetivo, eu tinha que, primeiro, perceber por qual razão eu fumava.

O que te levou a acender o primeiro cigarro?


Acho que nunca é só uma questão de curiosidade, é preciso analisarmos mais além.  Eu, por exemplo, a princípio, apesar de conseguir lidar com os conhecidos, tinha uma enorme dificuldade em lidar com as pessoas estranhas. Além disso, porque sempre tive a "fama" de ser extremamente inteligente, as pessoas em geral só queriam ficar próximas de mim em dia de prova, para poderem copiar minhas respostas. Fora isto, era motivo de escárnio, de chacota. Quando acendi o meu primeiro cigarro, foi numa altura em que tudo acontecia ao mesmo tempo na minha vida, aquela altura em que parece que os problemas todos são despejados na nossa cabeça, aliás, foi antes disso, foi quando eu ainda estava sentindo que tudo ia acontecer, sem ainda saber como mudar o rumo das situações. Aí eu percebi que, enquanto fazia minha fumacinha, pelo menos a cabeça ficava mais tranquila. Antes entretanto eu só fumava escondida, mas quando comecei a fumar na rua - e eu fazia questão de fumar na rua, porque o cigarro dava uma imagem mais adulta, mais madura não, mas mais adulta sim, algo que me tirava do patamar dos bocós da primeira fila da escola e me colocava junto com as pessoas normais, que faziam coisa errada sem se preocuparem em ser caxias, o que lhes conferia um ar quase marginal, rs, pelo menos marginal na minha cabeça de cdf pamonha - percebi também que aumentava a minha sociabilidade, porque as pessoas vinham conversar comigo, quando fumava na porta do colégio, nem que seja para pedir o isqueiro, e era como se, entre os que fumavam, havia uma certa cumplicidade, mesmo quando não conversavam, como se de repente pertencessem ao mesmo grupo ou tivessem o mesmo nível. Babaca pensar isto, mas havia uma aceitação ali, um sentimento de pertencer a algo, como se, ao fumar, eu não fosse recriminada pelos fumadores, enquanto que, ao não fumar, era constantemente recriminada por aqueles que, como eu, não fumavam. 

Alguns anos atrás, quando estive em Londres, fiquei hospedada num hotel e, pela manhã, para fumar o meu cigarro, tinha que descer de elevador e ficar em frente à porta do hotel, tomando um frio gelado no rosto, só para fumar o meu cigarro. Mas para o fumante isto não é problema: dei Good morning para todo mundo no elevador e, quando pensei que ia ser a única a fumar em frente à porta do hotel, afinal encontrei várias pessoas para me fazer companhia. No fundo, o cigarro era também isto, uma companhia, e os fumantes também acabavam por fazer companhia aos outros, uma espécie de solidariedade entre os viciados.

Em Paris, no final do ano passado, quando fui ao Paris Photo com um grupo de fotógrafos, quase senti uma ligeira inveja de ver os fotógrafos fumantes ali, do lado de fora, fumando um cigarro e jogando conversa fora. Incrivelmente, agora que não fumava, já não fazia sentido estar ali com eles, à conversa. É como se houvesse uma cumplicidade apenas entre aqueles que fumam, como se o cigarro fosse o seu ingresso para pertencer a certos clubinhos. Mas agora, felizmente, já não me importava com isto. Há anos que já me resolvi nessa questão, que já não me preocupo com essa coisa de "pertencer".

Com o passar do tempo, tinha continuado a fumar porque simplesmente estava viciada, e porque o cigarro já fazia parte da minha vida e das minhas rotinas. Mesmo quando casei, e apesar de ter casado com um cara que não fumava, não sentia vontade de voltar a deixar de fumar porque, simplesmente, o cigarro me acalmava em momentos de grande pressão. Tinha um casamento que começou errado e que tinha tudo para dar errado - tanto que deu -, ele desempregado, a vida em outro país, os problemas financeiros, era tanta coisa ao mesmo tempo que, o cigarro, era a única coisa que realmente me confortava, e além disso eu pelo menos estava magra, não estava preparada para passar por toda aquela situação novamente, nem tinha uma pessoa ao lado que pudesse ser companheira ao ponto de suportar a tortura que é abandonar um vício, então o mais cômodo foi continuar fumando do que cometer um conjugicídio. Só quando me separei que decidi: iria parar de fumar novamente.

Motivações para deixar de fumar


«Olha que você pode ter um câncer» nunca foi motivação para eu parar de fumar, até porque, a maior parte das pessoas que conheço que tiveram câncer, nunca fumaram, aliás, pessoas que não mereciam - não que alguém mereça uma coisa dessas, né? -, porque sempre tiveram vidas super saudáveis. Aliás, eu pensava muito nisso: uma pessoa se sacrifica, larga as coisas que gosta pra ter uma vida saudável, e depois ó, pode acabar atravessando a rua e ser atropelado, quem vai saber?

Tem cara que diz que, ficar com menina que fuma, é a mesma coisa que lamber cinzeiro. Eu, entretanto, nunca tive problema nenhum pra ficar com qualquer carinha que quisesse, e olha que fumava muito, e não ficava só com cara que fumava não, aliás, a maior parte dos caras que eu ficava eram todos não-fumadores. Ou seja, o medo de ficar encalhada também não era motivação para mim.

Me falavam da parte financeira, do quanto eu economizaria se guardasse o dinheiro que eu gastava em cigarro, mas não é bem assim, para o vício a gente sempre tem dinheiro, aconteça o que acontecer, para juntar a gente nunca tem, kkkkk. Fora que, na verdade, o que a gente faz não é deixar um vício, mas substituir um vício por outro, ou seja, a gente continua gastando dinheiro, e em geral até bem mais do que aquele que gastava com cigarro.

Mas enfim eu lembrei de um bom motivo para deixar de fumar: a preguiça. É que me dava uma preguiça enorme ter que sair para comprar cigarro. Me dava uma raiva absurda quando o cigarro acabava, no meio da noite, e já não tinha mais nenhum lugar aberto para comprá-lo. E eu era tão dependente do cigarro que, quando o cigarro acabava, acabava toda a minha vida também, porque eu não fazia mais nada sem cigarro. Se estava editando um código (como webdesigner), deixava para acabar o código no dia seguinte, porque já não conseguiria me concentrar sem um cigarro na mão, sem um cigarro depois do outro parando dentro do cinzeiro. Se ia jantar, já não jantava porque não ia ter graça jantar sem fumar um cigarro depois. E então tem um bar perto da minha casa, que abre às 6h da manhã, e eu levantava às 6h da manhã, SÓ PARA COMPRAR CIGARRO, e achava um absurdo ter que parar a minha vida toda, só por causa disso. 

Segunda vez que parei de fumar: Champix


Eu sabia que, na segunda vez que parasse de fumar, já não seria tão fácil sem usar nada. Foi aí que me falaram do Champix, e das pessoas que conseguiram parar com sucesso, sem nunca mais voltarem a fumar, e eu quis experimentar.

Você vai fumando normalmente, e tomando o medicamento. Gradualmente, você vai diminuindo o número de cigarros. Na verdade, o próprio medicamento vai criando um certo enjôo do cigarro, e eu queria era justamente isto, parar de fumar sem depender exclusivamente da minha força de vontade, até porque minha motivação podia mudar de um dia para o outro, consoante os problemas do dia-a-dia. Mas não foi só isto: eu senti muito sono, muita irritabilidade, passam até umas idéias meio suicidas na cabeça da gente, mas que a gente sabe que é por causa do remédio, então é só não dar bola para as idéias tortas. Nessa hora, é preciso apoio das pessoas que temos em volta, ou que pelo menos essas pessoas nos deixem um bocadinho em paz, porque a irritação é muito grande mesmo.

Mas é assim: antes passar por isto, mas saber que depois de algumas semanasvocê vai estar livre do vício, do que não parar com isto. O que aconselho é que tomem o remédio nas férias, porque dá sono, muito sono, pelo menos comigo foi assim, eu tinha um sono terrível, e isso foi bom porque o tempo passou e foi criando uma desabituação do cigarro no meu organismo.

Eu acho que vale a pena, apesar de tudo isto. Mais fácil que parar sozinho, sem remédio nenhum, é. Desde então, nunca voltei a fumar, e principalmente, nem a ter vontade de fumar. Porque o pior é isso: a vontade. Não tenho vontade hoje, e mais que isto, as pessoas podem continuar fumando na minha frente, que não me dá mal-estar nem vontade. 

Dessa vez, tomei uma atitude inteligente: assim que parei e fumar, entrei na academia. 



quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Mulheres vaidosas: será a vaidade fútil?

Este blog tem dois temas centrais: mulheres de 30 anos e vaidade. Entretanto, quando se fala em mulheres vaidosas, as pessoas logo associam à idéia de futilidade.

Estereótipos, preconceitos, idéias prontas, pré-concebidas, mas seja o que for, as pessoas só vão ver o que querem ver, alguém nesta altura ainda está se importando tanto?

Os tempos mudaram, mas muita gente não percebeu. A mulher de 50 anos já não é a avozinha do tricô, a de 30 já não é a solteirona encalhada, da mesma forma que as adolescentes de hoje já não aprendem a bordar pano de prato como preparação para o casamento. A mulher hoje, de qualquer idade, inclusivamente a balzaquiana, quando quer, pode ser vaidosa e inteligente, bonita e culta, bem cuidada e interessante, sem que com isto a sua beleza interior fique escondida debaixo da sua imagem.

O que tem de errado em gostar de si, em cuidar de si, em querer estar saudável e bonita? Todos nós já sabemos o peso de uma boa apresentação, e não sejamos hipócritas, a boa imagem é importante sim, tanto na vida pessoal quanto na profissional.

Vamos falar de maquilhagem, de moda, de beleza, mas vamos falar também de outras vaidades necessárias*, como a literatura, como as viagens, como a arte, porque tudo isto são peças fundamentais no universo da mulher balzaquiana moderna, tudo isto é ela.

Em «O Retrato de Dorian Gray», Oscar Wilde afirma: «Podemos perdoar a um homem que faça alguma coisa útil, contanto que a não admire. A única justificação para uma coisa inútil é que ela seja profundamente admirada. Toda a arte é completamente inútil.»

Um aplauso às coisas belas, porque elas não são, nem mais e nem menos, que uma forma de arte!

*  vaidade necessária, uma reflexão: se a inteligência ou a cultura nos tornam mais belos, não serão eles também uma forma de vaidade?